A rua São Domingos está na história da cidade de São Paulo há tempos, conectando o miolo ao extremo do bairro do Bixiga, sua dinâmica interna sempre esteve relacionada ao comércio local e a moradias unifamiliares. O bairro do Bixiga -parte do complexo de territórios de apagamento que este trabalho propõe -  resiste através de muito esforço e de modo assíduo às relações urbanas que a maior metrópole do país tenta estabelecer. Resiste através de suas construções, de seus moradores, de sua cultura e de sua memória.

Certas fissuras criadas no bairro, pela imposição de um modelo urbano incongruente com a dinâmica pré-estabelecida, deixaram fragmentos de bairro à deriva, desconexos de suas práticas e situações culturais. Os remanescentes de quadras, gerados pela imposição do viaduto fora no eixo viário existente, geraram vazios urbanos, atribuídos como não-lugares dentro da lógica de cidade estabelecida.

Dentro desse sistema de interrupções e não direito ao espaço, o projeto se configura buscando restabelecer dinâmicas sociais apagadas. Novas situações serão vivenciadas nesse espaço afim trazer à tona características importantes do bairro.  O projeto reconecta o eixo da São Domingos, existente antes da imposição da via elevada. Por meio de uma transposição física entre a rua São Domingos, e a sua continuidade, agora